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ESG: os desafios da implementação

ESG: os desafios da implementação

Por Millena Montefusco dos Santos, Consultora GRC

ESG, a sigla do momento, originada da expressão em inglês Environmental, Social and Governance, representa um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir e avaliar um negócio sob a ótica de seu impacto ambiental, sua consciência social e sua governança corporativa, ou seja, considerando critérios que vão além daqueles usuais de mercado.

Com diversas fontes de peso debatendo sobre o tema, é perceptível que, atualmente, o que chamamos de ESG já é um instrumento de avaliação de desempenho de uma empresa e de percepção de valor no mercado.

Entretanto, implantar o modelo representa um grande desafio para as empresas e definitivamente não funciona apenas estalando os dedos. Como primeiro obstáculo, tem-se a falta de clareza quanto à prioridade que deve ser conferida ao tema, além das dúvidas quanto ao desenho e implementação de uma cultura organizacional motivada a integrar os fatores aos processos corporativos.

Todavia, talvez o maior desafio esteja atrelado à dificuldade de avaliar e mensurar a aderência de iniciativas, soluções e processos aos fatores ESG dentro de uma organização. Isso porque ainda não existe uma padronização de indicadores e de informações disponibilizadas pelas empresas que dizem aplicar práticas associadas ao tema. Isso dificulta a medição da materialidade das ações, resultando na ausência de dados comparáveis e do uso de dados sem credibilidade.

O termo Greenwashing define a prática enganosa de quando uma empresa utiliza discursos, anúncios, documentos e campanhas sobre ações ambientais ou ecologicamente corretas, mas não as coloca em prática.

Entretanto, à medida em que o tema ganha força, maiores são os esforços para assegurar padrões e conferir transparência para quem investe ou pretende investir em empresas que, de fato, aplicam ESG.

Atualmente, há diferentes índices e conjunto de padrões que ajudam a esclarecer critérios e métricas de adoção de ações ligadas ao assunto, além de servirem como fatores motivacionais, tais como: Índice S&P/B3 Brasil ESG, Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), índice Dow Jones de Sustentabilidade e relatórios GRI (Global Reporting Initiative), da TCFD (Task Force on Climate Related Financial Disclosures) e CDP (Carbon Disclosure Project).

CONCEITO

Importante ressaltar que ESG não é uma nova moda ou novo nome para desenvolvimento sustentável, nem deve ser interpretado como um produto ou como um grupo de ações isoladas. ESG consiste em um processo integrado que exige diferentes esforços, pautado em três pilares:

E (Environmental, em inglês, ou Ambiental, em português)

Relacionado às práticas corporativas voltadas ao meio ambiente. Uma das principais motivações se relaciona à crise ambiental, exemplificada pelas mudanças climáticas e pela escassez de recursos naturais. Nesse sentido, podem ser citados exemplos de estratégias e soluções:

  • Promoção da diminuição da emissão de gases de efeito estufa (GEE)
  • Políticas contra o desmatamento e poluição da água
  • Busca pela eficiência energética
  • Ações para gestão de resíduos e redução de desperdícios

S (Social, em inglês e português)

Refere-se à relação da empresa com seus colaboradores, fornecedores, consumidores e com a comunidade em geral, ou seja, relaciona-se ao propósito e impacto das organizações na sociedade. Para serem consideradas socialmente responsáveis, as empresas devem adotar práticas como:

  • Políticas e ações de inclusão e diversidade
  • Melhora das condições e relações de trabalho
  • Respeito aos direitos humanos
  • Garantia de privacidade e segurança de dados

G (Governance, em inglês, ou Governança, em português)

Pilar relacionado à forma como uma empresa é dirigida, monitorada e incentivada, de modo a assegurar o sucesso do negócio a longo prazo, além de garantir uma visão integrada de Governança, Riscos e Compliance, buscando a redução da exposição a riscos e de impactos e adoção de políticas e boas práticas corporativas. São exemplos:

  • Preservação e independência do Conselho Administrativo
  • Políticas de condutas éticas e de anticorrupção
  • Garantia de remuneração justa
  • Políticas e práticas de gestão de riscos