Como as inteligências artificiais impactarão no futuro da segurança da informação
Por Kauê Santos, Consultor GRC
“As inteligências artificiais (IA) já estão impactando significativamente a segurança da informação, e a tendência é que esse impacto aumente ainda mais no futuro. Algumas formas pelas quais as IA podem afetar a segurança da informação incluem:
. Detecção e prevenção de ameaças;
. Análise forense;
. Automação de processos de segurança;
. Melhoria da segurança de dispositivos IoT;
. Desenvolvimento de técnicas de ataque.”
– ChatGPT, em 15 segundos
Em 1950, Isaac Asimov já propunha contos que simulavam um pouco do que os robôs seriam para nós hoje; e não há como negar que ele previu muito sobre o que estamos começando a notar. As inteligências artificiais já demonstraram sua capacidade em muitas áreas, incluindo a criação de imagens (MidJourney, Stable, DALL-E), vídeos (Synthesia, Speechify, Colossyan), gravação e edição de áudio (Project Shasta, VALL-E), entre outras realidades.
Com tantos recursos e habilidades, surge a seguinte questão: “Como as IAs continuarão impactando o futuro?”. Neste artigo, discutiremos alguns dos efeitos que as IAs devem causar no futuro próximo e como elas afetarão nossas vidas.
Um lançamento explosivo e seus impactos
O ChatGPT é uma tecnologia de inteligência artificial recentemente difundida que vem ganhando destaque no mercado. Sua estreia mais explosiva ocorreu em 30 de novembro de 2022. Como muitas outras tecnologias de IA, o ChatGPT tem sido objeto de questionamento quanto aos seus limites, já que é capaz de produzir em segundos o que levaríamos horas para fazer manualmente. No entanto, sua capacidade de construir roteiros e textos bem articulados também tem sido explorada por criminosos, que usam a tecnologia para aplicar golpes.
Ou seja, o uso de IAs se tornou uma oportunidade para que os transgressores planejem suas fraudes. E o que essa transformação nos diz sobre o futuro com as IAs cada vez mais presente no nosso dia a dia?
IAs nas mãos de criminosos
O uso de inteligências artificiais para ataques cibernéticos automatizados está se tornando cada vez mais comum. Através delas os criminosos conseguem planejar ataques sofisticados como, por exemplo, para construção de roteiro para ataques de phishing ou engenharia social ou para decodificar senhas através de um ataque de força bruta (brute force). Também podem ser usadas para criação de novos malwares variando de acordo com os resultados dos ataques.
Um exemplo real do uso de uma IA para cometer fraudes foi o de um golpista que se passou pelo diretor de comunicação da Binance (uma das maiores Exchanges de criptomoedas do mundo), utilizando um DeepFake do executivo e conseguindo enganar muitas pessoas.
Com isso, notamos que a tendência do uso dessas tecnologias avançadas pelos criminosos só tende a aumentar. No caso acima, o golpista conseguiu participar de diversas reuniões em nome do diretor – imagine quantos dados não foram vazados!
IA no mundo de defesa cibernética
No mundo da cibersegurança, empresas utilizam inteligência artificial para desenvolver soluções de defesa e contribuir com a detecção e tratamento ágil de ameaças e riscos. Um exemplo disso é o NETWITNESS, um SIEM (Security Information Event Management) que utiliza tecnologias de inteligência artificial para detectar ameaças baseadas em comportamentos que possam representar uma falha de segurança e disponibiliza todos os detalhes para que haja uma resposta com mais velocidade.
Outra solução que pode ajudar na mitigação de ataques de engenharia social e phishing é o SecurID Suite da RSA. Essa solução utiliza inteligência artificial para elevar o duplo fator de autenticação, utilizando um motor de risco e machine learning.
Conclusão
Em suma, as inteligências artificiais estão transformando nossas vidas e já trazem benefícios significativos, como aumento de produtividade e novas formas de trabalho. Entretanto, é fundamental estar atento à interação das IAs com a nossa segurança, uma vez que elas também podem representar ameaças. É importante continuar explorando as possibilidades e limites da inteligência artificial, sempre considerando os aspectos de segurança e privacidade.
